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Dia dos Namorados: como Santo Antônio “ajudou” universitária a encontrar um amor

No caso de Letícia, a devoção começou pela mãe. “Eu já estava com quase 18 anos e nunca tinha namorado. A gente viajou pra praia, ou por uma loja de santos e ela disse: ‘vou te dar um Santo Antônio porque ele vai te arranjar um bom namorado’”

Agência UniCeub

12/06/2025 17h27

santo antnio

Foto: Wilson Schuelter/Domínio Público

Por Danilo Lucena

Coincidência ou milagre, foi apenas uma questão de tempo até o amor aparecer para Letícia Freitas, 20 anos. “A gente (ela e a mãe) comprou a imagem de Santo Antônio em outubro. Em novembro, eu tive um encontro. Em dezembro, já estava namorando”, sorri. A chegada do romance de forma tão rápida reforça a ideia de que o santo opera com agilidade quando se trata de corações fiéis.

A devoção a Santo Antônio, conhecido como o santo casamenteiro, ganha força entre solteiros, devotos e até céticos desesperados nesta época. Celebrado em 13 de junho, um dia depois do Dia dos Namorados no Brasil, o santo franciscano nasceu em Lisboa no século 12 e é alvo de promessas, orações e simpatias que atravessam gerações no Brasil e no mundo. 

No caso de Letícia, a devoção começou pela mãe. “Eu já estava com quase 18 anos e nunca tinha namorado. A gente viajou pra praia, ou por uma loja de santos e ela disse: ‘vou te dar um Santo Antônio porque ele vai te arranjar um bom namorado’”.

Hoje, ela vive um “relacionamento sério”. Letícia, que é estudante de istração e gestão de políticas públicas, avalia que o gesto da mãe deu início a uma conexão simbólica com o santo que se tornou decisiva em sua vida afetiva.

Altar particular

Depois do início do relacionamento, ela se recordou que o namoro pode ter tido uma “ajudinha” do santo. “Eu estava mexendo no meu quarto, vi o Santo Antônio na prateleira e fui olhar as fotos. Quando percebi a data, pensei: ‘Meu Deus, faz muito pouco tempo!’ Foi quando falei com a minha mãe e entendi tudo.” 

No caso de Letícia, a devoção se expressa em orações, devoções e rituais: “O santo ficava numa prateleira acima da minha cama e eu costumava rezar olhando para ele”, diz a estudante. O pequeno altar doméstico foi construído com atenção e cuidado.. 

Sem recorrer às famosas simpatias de cabeça para baixo ou ameaça de afogamento, ela encontrou um jeito próprio de se conectar com o santo. E mesmo depois que o amor chegou, a fé permaneceu como elo de continuidade. 

A fé da minha mãe fez o namorado chegar até mim, e a nossa fé juntos fez a gente se unir. Até hoje, a gente reza junto e pede a nossos santos de devoção”, conclui. Em tempos de relacionamentos rápidos e aplicativos de encontros, Santo Antônio continua sendo, para muitos, mais que um santo: é um companheiro silencioso e amigo fiel.

Por Danilo Lucena

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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